Ah o verão!!!
"Estrelas surgindo, crianças brincando e se divertindo e eu fazendo o que a neve faz no verão.
Vou me refrescar, na areia escaldante me deitar, um bronzeado lindo pegar no verão..."
Sempre me lembro do Olaf quando falo do verão.
Ok! Nem todos vivem no mundo infantil... Olaf é um boneco de neve do filme Frozen e ele tem o sonho de viver o verão.
Sonho de viver no verão?!?!?! Porque ele não mora no Rio de Janeiro.
Todos sabem que eu não gosto de calor e quando nos mudamos pra cá eu só pensava em como seria o verão. Imaginei que seria um pouco de sofrimento mas nunca, jamais chegou a minha mente o quanto seria I N S U P O R T Á V E L ! ! ! !
É um calor sem fim. Você dorme, acorda, dorme, acorda e parece que o sol está lá... te abraçando!
Você liga o ventilador e não resolve. Você liga o ar condicionado e ataca a sinusite e a rinite. Você toma banho e parece que continua suado. Você põe short e regata e tem a sensação que está de burca (embora nunca tenha usado uma).
E pra ajudar, descobri que minha pele sensível, pele de nórdica, de europeia #sqn tem alergia ao sol e ao suor. Então o rosto enche de bolinhas, arde e queima mesmo passando filtro solar.
Enquanto as crianças estavam de férias o verão foi contornado. Fomos várias vezes à praia - chegando bem cedo e saindo antes do sol do meio-dia, aproveitamos a piscina do condomínio, fomos a parques. Foi possível driblar a situação.
Quando as férias acabaram e a rotina voltou ao normal eu achei que iria morrer. As crianças saem da escola 11:45 e voltamos a pé pra casa debaixo daquele sol inexplicável.
Por várias vezes acreditei que Cássia Eller tinha acertado a profecia e o segundo sol realmente havia se instalado bem em cima da minha cabeça.
Até que enfim o verão acabou e com o fim do verão temos, enfim, o fim do calor também. Errado!!!!! Toda hora eu perguntava pra minha irmã quando é que o tempo melhoraria e ela sempre me dizia que seria em abril. Abril chegou torrando o meu cérebro pra acabar de vez com todas as minhas esperanças.
Eu cheguei a pesquisar na internet que tipo de roupa seria melhor usar em lugares quentes assim. Não achei absolutamente nada! Acho que só a NASA poderá desenvolver roupa pra isso.
Na escola das crianças há um projeto em que os pais vão até a biblioteca da escola contar histórias para a turma. No meu dia de contar história, a Ana, suave como uma parede, me disse; "mãe, pelo menos se arruma, põe uma roupa bonita, penteie o cabelo e passe batom". Só não entrei em choque porque o calor era maior do que a minha vaidade. Mas coloquei uma sandália decente, uma blusa arrumadinha, passei batom e só soltei o cabelo quando ela entrou na biblioteca.
Aposentei sapatos de salto, calças, blusas e camisas, cabelos penteados, maquiagem. Nada disso fez parte da minha vida até maio quando o calor deu uma trégua.
Continuo sem usar uma boa parte das roupas que estão no meu armário mas já consigo usar o cabelo solto e penteado (às vezes).
O trauma foi tão grande que as próximas férias de janeiro serão na neve.
Acho que de todas as adaptações na mudança a mais difícil, pra mim, foi realmente o clima. Não sei se o meu termostato vai se adaptar com o tempo ou se realmente terei meses difíceis pelo resto da vida aqui.
Mas pra quem gosta de sol, dias coloridos e longos, praia, bebidas geladas, sorvetes e afins, este é o lugar. A cidade realmente fica linda! As praias ficam lindas! O céu é lindo com a vantagem de ter menos poluição do que uma cidade como São Paulo. Não paira no horizonte aquele cinza típico de grandes metrópoles como São Paulo.
O clima não me agrada mas fez muito bem pra Ana. Ela não teve nenhuma crise respiratória, as rinites praticamente sumiram nesse período e ela ficou muito bem.
Aceito dicas e sugestões pra enfrentar melhor o próximo verão. Alguém tem alguma ideia?
No próximo post vou relatar a melhor experiência vivida até agora aqui em Niterói.