terça-feira, 30 de agosto de 2016

Olimpíadas Rio - Parte 1

Ah!!! Eu tenho que falar das Olimpíadas.


Não vou falar do preparo, das obras, do dinheiro investido, dos rolos, das falcatruas, dos super faturamentos... eu não estava aqui desde o início do processo, não acompanhei de perto e também não é a intenção.

Vou falar do que eu vi desde que aqui cheguei (dezembro/15).

Desde o início do ano, via alguma notícia na TV e ouvia comentários de quem mora ou trabalha no Rio (moro em Niterói, cidade vizinha), que as obras estavam causando muito transtorno, que o trânsito na Avenida Brasil estava impossível, que a Baía de Guanabara não ficaria limpa, que a Zika iria matar todo mundo e que viveríamos o caos.

Poucas semanas antes de iniciarem os jogos, pensei em comprar alguns ingressos e me deparei com muitos ingressos disponíveis para muitas modalidades. 

Conversei com alguns amigos que me aconselharam a não comprar. A cidade vivia um período de insegurança e medo e me disseram pra assistir em casa, evitar aglomerações, evitar competições em lugares abertos. Fiquei super triste porque imaginava uma oportunidade única de viver as Olimpíadas. Deixei pra lá e desisti.

E eis que surgem as Olimpíadas, vista através da Cerimônia de Abertura, e trouxe ao carioca um sentimento de "yes, we can!". Estávamos em São Paulo no dia da abertura e vimos apenas os trechos mais impactantes.

Os jogos começaram e no primeiro dia houve alguns contratempos como filas, entradas nas arenas, escassez de alimentos, que foram logo corrigidos no mesmo dia.

Ainda estávamos em São Paulo quando minha irmã deu o start pra comprarmos os ingressos para um jogo de quartas-de-final de Handebol. Ficamos pensando... pensando... Handebol... o Leo faz handebol na escola, ele iria amar assistir a um jogo. Topamos e compramos os ingressos sem o menor problema. Ainda tinham muitos ingressos disponíveis e conseguimos comprar meia entrada de estudante para os dois.

Na volta de São Paulo para o Rio, num domingo após a Abertura dos Jogos, pude sentir um pouco do que seriam os próximos dias. Os voos (e eu cismo que quero escrever vôos! quem mandou tirarem o assento hein?! Eita língua portuguesa difícil) estavam lotados! Muitos turistas chegando no Rio de Janeiro, de todos os lugares! A atmosfera na cidade já era outra.

Cheguei em casa e em 5 minutos comprei ingressos para Vôlei de Praia, em Copacabana, para o dia seguinte, segunda-feira. Pela Internet mesmo consultei como chegar utilizando transporte público e as orientações do que seria permitido levar para dentro da Arena.



Saímos de casa e fomos a pé até as Barcas. Atravessamos a Baía e descemos no Centro do Rio. De lá pegamos o metrô e descemos na estação Cardeal Arcoverde, bem próximo a Arena.
E QUE ARENA!!!!!!!! Gigante! Um monstro no meio das areias de Copacabana.

A praia estava entupida de turistas! Era tanto gringo no mesmo metro quadrado! Pessoas animadas, felizes, entusiasmadas!

As crianças achando tudo muito divertido e amando a experiência.

Não tivemos problemas com espera na fila. Tinham muitos banheiros disponíveis mas não estavam tão limpos como gostaria. As pessoas não tiveram problemas pra comprar bebidas ou comida porque também não tinha fila. Não sei o que vendiam  porque levei lanche pra gente. Compramos apenas água lá dentro.


Entramos na arena e foi maravilhoso!!! A arena é linda, a vista é incrível! Ficamos bem próximos a quadra. Um evento super animado com músicas, gritos de torcida, vibração, até bateria de escola de samba tinha. 

Tentei carregar um vídeo da Ana sambando, vamos ver se vai dar certo. Essa menina gosta de samba e Anitta!!! Foi trocada na maternidade, só pode!


E preciso repetir: as crianças amaram!!! Assistiram todos os jogos com atenção, torcendo, vibrando, gritando. Tínhamos direito a assistir a quatro jogos e ficamos nos três primeiros. O Brasil perdeu o primeiro jogo mas nem isso afetou a alegria deles. Nos outros jogos eles escolheram um time pra torcer e se juntavam a torcida dos outros países.

Foi maravilhoso e inspirador!!! Não imaginava que seria possível participar de um evento tão importante para o esporte mundial e proporcionar isso às crianças.

Acredito muito que o esporte deve fazer parte da vida das pessoas e, se conseguirmos tornar um hábito desde a infância, é muito mais fácil mantê-lo na fase adulta. 

O Leo saiu de lá dizendo que vai ser jogador de vôlei, vai participar de Olimpíadas e ainda vai me dar a bola do jogo. E falou tão sério que já iniciou as aulas de vôlei na escola na semana passada.

Então vamos todos começar a guardar dinheiro para as Olimpíadas de 2024 e 2028 para prestigiar meu filho atleta.

Mais algumas fotos do dia:







Fomos embora pra casa super animados e morrendo de vontade de ir a todos os jogos possíveis, em todos os lugares possíveis e que tivéssemos todo o dinheiro possível também.

No próximo post eu conto sobre o segundo jogo.

3 comentários: