segunda-feira, 28 de março de 2016

Festa!!! A despedida parte 2

A ideia de fazermos uma festa de despedida à fantasia foi da minha amiga Simone e eu achei a ideia sensacional.

Não teria tempo de elaborar nada, montar festa nenhuma, decorar coisa alguma. Seria uma festa pequena, só para os muito próximos e pra família. A única data possível seria dia 12 de dezembro, um dia antes da mudança.

Pesquisei alguns lugares bacanas pra fazer de acordo com o número de pessoas que estava prevendo. Não consegui fechar em nenhum lugar. Todos já reservados. Dezembro é um mês bem concorrido por causa das festas de final de ano. O jeito foi improvisar algo muito simples em casa mesmo, no condomínio.

Mas o que vestir???

Joguei as crianças no carro e fomos numa loja de aluguel de fantasias. Caraca! Como é difícil escolher!!! Queria uma fantasia que a família estivesse no mesmo tema e não consegui. Sempre faltava pra um dos 4. Escolhi o que foi possível, reservei, paguei. 

No dia da festa foi uma correria danada, pra variar né. Quem achou que poderia mudar e não ter trabalho algum? 

Pouco antes do horário marcado choveu! choveu! choveu! choveu muito! As crianças ficaram desesperadas achando que não apareceria ninguém. Tinha pensado em fazer a festa na churrasqueira que fica ao lado do playground e da quadra mas tive que mudar pro salão de festas por causa da chuva.

Mas festa sem drama não é festa. Quem disse que o Alberto topou colocar a fantasia? Nem por um decreto, nem sob ameaça! Lá fomos pro shopping comprar uma camiseta de Super Herói porque ele disse que não colocaria aquele macacão com aquela sunguinha horrorosa do Superman. Ahhhhh

E assim ficamos nós quatro:

Eu de Mulher Maravilha, o Alberto de Superman fake, o Leo de Peter Pan e a Ana de Sininho.


Tudo certo, todos prontos pra pagar mico e fomos nos divertir.



















Nossos melhores amigos, queridos, que sugeriram a festa foram os primeiros a chegar e se a gente tivesse combinado não teria dado tão certo.



Tem coisa mais deliciosa do que uma super sintonia?

O Marco ainda tentou convencer o Alberto a colocar a fantasia SUPER mas sem sucesso.

Algumas fotos da nossa super festa delícia, com amigos queridos, num momento muito especial.

Meu sobrinho, minha sogra, Aninha e Alberto:


Meu sogro, o Ale, a Débora, Amanda e o outro Ale:


Os queridos Renan e Vivi. A Vivi é daquelas pessoas que a gente ama infinitamente quando conhece. Um doce, amável, fofa! Meus filhos são doidos por ela. O Renan é um grande amigo, de muito tempo.



O Zé e a Fátima são tão queridos. Nos conhecemos há muito mais de 15 anos e eles são o casal mais lindo que conheço.



Helô (cunhada), Emerson, Humberto (cunhado), a Regina escondida atrás da Dani (minha sobrinha) e o Victor (meu sobrinho):


Aelson (cunhado eterno) e a Jennifer. Não consegui tirar foto com a Ester, ela não estava muito a fim de foto no dia.



O Jorge e a Claudia, que também conhecemos há muito mais que 15 anos. A Claudia é daquelas pessoas queridas, que tem uma palavra tranquila em todo tempo. E ter o Jorge numa festa em casa é uma honra! Ainda mais o Jorge que adora (#SQN) socializar.



O Renan e a Vivi novamente, a Milena (minha musa preferida), Su e o Ricardo.



E aqui a galera toda!



Foi tudo maravilhoso! Uma despedida sem choradeira, sem drama, sem sofrimento. Nos divertimos, rimos, comemos juntos, conversamos, as crianças brincaram.

E agora terminar de organizar as coisas porque no dia seguinte tem mudança. E antes da mudança tem festa de encerramento da Escola das crianças.

Preparem-se, a mudança foi com emoção.

Festa!!!! A despedida parte 1.


Gente, desculpe o sumiço mas fiquei bem doente, ficamos todos aqui em casa. Não via a hora de voltar por aqui e contar sobre as festas, isso mesmo, no plural. E tem coisa mais legal do que festejar?!

Na escola do Leo os pais se reuniram para fazer uma festa de fim de ano num buffet. O Leo já estava com essa turminha por 4 anos e achei que seria muito bacana ele poder se despedir dos amigos numa festinha.

Quando o Leo chegou no Ranieri, no primeiro ano do Fundamental, eu fiquei bastante apreensiva. Escola nova, ambiente novo, amigos novos e fiquei morrendo de medo dele sofrer na adaptação. Mas criança é criança - que constatação! - e logo na primeira semana ele tinha muitos amigos. E esses amigos marcaram a vida dele.

A festa foi super divertida, com direito a tudo o que uma festinha de criança tem, bolo, brigadeiro, coxinha! Mas o mais surpreendente foi que a turminha de amigos dele se reuniu e fez uma homenagem pra ele, uma surpresa. Fizeram camiseta com a foto da turma e deram de presente, cantaram duas músicas pra ele, foi super emocionante. Até eu ganhei um livro de presente (não há nada melhor nesse mundo do que ganhar livro!).

 Difícil juntar a turma e conseguir tirar uma foto. Deu pra salvar essa. Ele super envergonhado, não conseguia nem olhar pra câmera.


 E aqui está o meu pretinho feliz da vida! Radiante!

Nesse dia eu achei que teria muitos problemas com o Leo com relação à mudança. Ele ficou muito emocionado com os amigos, com a camiseta, com a foto... Esse foi o único momento que percebi realmente que ele estava "mexido".

Quando chegamos em casa ele me perguntou várias vezes se poderíamos voltar pra São Paulo pra rever os amigos, se um dia o papai poderia novamente trabalhar em São Paulo e, caso isso acontecesse, se ele poderia voltar a estudar no Ranieri.

Essa hora deu um aperto no coração, uma tristezinha por ele... 

Um dia, correndo pra cima e pra baixo resolvendo pendências, estava no carro com o Leo e a Ana e achei que seria um bom momento pra conversar com o Leo e entender o que passava na cabeça dele com relação a tudo isso. Juntei toda minha psicologia barata e puxei o assunto dentro do carro mesmo, voltando do pediatra.

Expliquei pra ele que seria natural que ele ficasse triste, que é normal ficar ansioso, contei minhas experiências com mudanças, falei que sempre ficava triste e que eu até chorava muitas vezes e que chorar é bom, alivia, faz bem chorar e se ele quisesse chorar ele poderia, que ninguém iria rir dele e dos sentimentos dele. Que esconder os sentimentos não era bacana, era bem positivo "colocar pra fora" tudo o que ele sentia.

Eu toda preparada pra ele soltar o verbo e ele me dizendo que estava tudo bem, que ele não estava triste não, que estava animado e que ele tinha certeza que tudo daria certo. 

Estacionei o carro na garagem de casa, feliz da vida, achando que tinha feito o que precisava e que, graças a Deus, ele estava bem. Até que olho para o banco de trás e vejo a Ana em prantos! Ela olhava pra mim e mal conseguia falar, só chorava. Tirei do cadeirão, coloquei no meu colo e ela só repetia "estou tão triste mãe, muito triste!". Eu não sabia se ria da situação ou se chorava com ela. Eu toda preocupada com o Leo e tinha esquecido completamente que a Ana também poderia ter algum sentimento em relação a tudo isso. Ficamos no carro por uns 5 minutos enquanto ela chorava copiosamente.A única coisa que conseguia dizer pra ela era "chora filha, chora! Chorar faz bem!".

Falando em pediatra... Antes de mudarmos quis levá-los para uma consulta com o pediatra deles. O Dr. Moisés sempre foi muito prestativo e pensei que seria interessante fazer uma consulta de rotina, pegar atestados pra escola e avisá-lo sobre a mudança. Como ele me socorreu com a Ana por várias vezes, eu poderia precisar de alguma coisa, mesmo a distância, por isso fomos até lá trocar uma ideia.

E de novo, eu toda preparada pra uma consulta longa por causa da Ana, a consulta longa foi do Leo. Mãe não sabe nada mesmo - embora a gente negue isso até a morte.

Ele achou que o Leo cresceu pouco no último ano e solicitou exames complementares para que pudéssemos dar uma investigada. Já era sexta-feira e mudaríamos no domingo. A vida que nem estava corrida ficou um pouco mais, teria que levá-lo pra fazer exame no sábado logo cedo, no mesmo dia da nossa festa à fantasia. Daria um jeito, tem que dar né.

E já já um post SUPER! Vocês já imaginaram ver o Alberto vestido com aquela sunguinha do Super Homem???? Fiquem atentos, ainda hoje sai o outro post também.



segunda-feira, 7 de março de 2016

Mudança agendada

13 DE DEZEMBRO - O DIA




Você que está acompanhando o blog deve estar imaginando que estou louca. Terminei o post anterior dizendo que mudaríamos no dia 14, então por que cargas d´água a data agora é dia 13???

Porque mudar é assim. Você pensa uma coisa, agenda a segunda e realiza uma terceira.

Assim que soube que realmente nos mudaríamos para o estado do Rio de Janeiro pensei que seria possível mudar apenas em Janeiro. Também tinha um "complicômetro" que o Alberto só iniciaria o trabalho no Rio depois do carnaval (fev/16) e ficaria em São Paulo durante a semana, sendo possível ir para o Rio apenas aos finais de semana. Mas tantas coisas aconteciam que cada vez antecipávamos mais a viagem. 

Primeiro foi a escola nova. O Leo precisaria fazer uma avaliação dia 16 de dezembro e incluía uma entrevista com a coordenadora do Ensino Fundamental. Poderíamos ir até o Rio, fazer a entrevista, voltar pra São Paulo e mudar só em Janeiro. Certo?! Errado!

Começamos a pesquisar empresas de mudança e todas fechariam no período entre Natal e Ano Novo. Se deixássemos para mudar apenas em Janeiro só seria possível agendar a partir da segunda semana. Teríamos aproximadamente 15 dias pra pintar o apartamento novo, organizar, ver cortinas e fazer a adaptação das crianças até que as aulas iniciassem.

E como contei no primeiro post, minha infância foi marcada por mudanças. Muitas das nossas mudanças de cidade aconteciam no atropelo e tínhamos que morar em qualquer casa que alguém tinha alugado e implorar numa escola para que conseguíssemos nos matricular. Algumas vezes já chegávamos na escola nova com as aulas iniciadas. Não conhecíamos nada, não estávamos ambientados e era muito ruim. Não queria que as crianças passassem por essa experiência, queria que ao começarem na escola nova, ao menos, já tivessem ambientadas à nova cidade.

Ainda tínhamos alguns compromissos em São Paulo. Dia 13 seria a Festa de Encerramento da escola e no dia 14 seria a última reunião do ano letivo para entrega das notas. Já que teríamos que estar na escola no dia 16 às 8 horas da manhã, resolvemos que ir na segunda, dia 14 de dezembro, após a reunião na escola seria o dia mais apropriado. Minha mãe já estava em São Paulo e me acompanharia na viagem de carro com as crianças. Então agendamos para o dia 14, certo? Errado!

Na sexta feira, dia 11 de dezembro a imobiliária avisou que o contrato de aluguel estava pronto e que teríamos que estar na segunda-feira (dia 14) pra assinar. E claro que o Alberto precisaria estar presente. Mas ele já estava trabalhando, emprego novo, não daria pra ficar faltando no trabalho. Conseguiu negociar faltar na segunda mas teria que estar na terça em São Paulo.

O único jeito seria estarmos na imobiliária na segunda-feira no primeiro horário e ele voltaria logo após o almoço pra São Paulo.

Por tudo isso, resolvemos que deveríamos sair de São Paulo no domingo após a Festa de Encerramento da escola, dia 13 de dezembro.

Achamos que seria melhor agendar com a Empresa de Transportes apenas na semana seguinte. Teria condições de arrumar o apartamento novo e deixar tudo organizado para quando o caminhão de mudança chegasse (ahhhhhhhhhhhhhhhhhh, odeio organizar caixas e caixas de mudança!!!!).

E está aí outra vantagem de mudar para um lugar em que é possível ter uma infraestrutura e um suporte. Eu e as crianças teríamos um lugar pra ficar, um lugar seguro, um apoio e ajuda durante esse período de muito trabalho.

Me lembro que quando anunciamos a mudança pra família do Alberto, a minha sogra ficou bem chateada. Teria que ficar longe do filho e dos netos e, claro, isso não é legal. E me lembro de que estávamos à mesa almoçando quando o Alberto disse: "graças a Deus é no Rio e eu posso ficar tranquilo que eles estarão apoiados, já pensou se fosse em outro país ou em outro lugar em que não conhecessem ninguém?". E o Alberto tinha mandado currículo para o país todo e já tinha feito contato com diversos outros países também. Estávamos abertos para qualquer lugar desde que fosse uma boa proposta. E vivenciando todo esse processo (dessa vez não como espectadora como era quando criança) só preciso agradecer a Deus por ter sido no Rio.

Também me lembro quando o Aelson, meu cunhado, sabendo da mudança me disse algo que ficou no meu coração (e ainda está). Ele me disse que Deus estava me dando um presente. Que Deus estava me permitindo viver ao lado da minha família, de poder estar próximo deles, de não me sentir mais sozinha desde o falecimento da minha irmã. Lembro de ter chorado e ainda choro sempre que me lembro do que o Aelson me disse. Só Deus conhece o vazio que há no meu coração, o espaço oco que ficou desde que ela se foi. Aquele lugar que era dela, o espaço dela, nunca poderá ser ocupado. Não significa dizer que o meu coração era todo dela, não é isso, mas aquele lugar reservado pra ela está vazio.

Quando eu tinha 18 anos meu pai decidiu sair de São Paulo com a família e voltar a morar no Rio de Janeiro. Na época eu já fazia faculdade e já namorava o Alberto. Meu pai me aconselhou a ficar em São Paulo pra não desperdiçar meu trabalho, meus estudos e meu namoro. Foi o melhor conselho da minha vida.

Há 20 anos eu abri mão do convívio diário com a minha família pra poder viver uma história com o Alberto. Uma história linda, escrita por Deus com tanto cuidado e amor que só posso agradecer todos os dias. E agora, sem nunca sequer tivéssemos pensado nessa possibilidade - morar no Rio de Janeiro nunca esteve nos nossos planos - estaríamos vivendo um tempo diferente. 

E mesmo tendo que abrir mão de muita coisa em São Paulo, em nós habitava PAZ! Nunca em nós ficou um sentimento de tristeza ou de perda. Sempre que pensávamos nas coisas que estávamos deixando pra trás (família, amigos, estabilidade, segurança) sabíamos que estávamos fazendo o que deveríamos fazer. E em todo o processo de mudança vimos o cuidado de Deus. Todas as coisas se ajeitavam e se ajustavam. E tudo aconteceu no tempo que deveria acontecer.

Sou sempre dependente e devedora da graça, do amor, da misericórdia e da bondade de Deus.

Agora sim está tudo certo para o dia 13 de dezembro.

Tem que ter festa, certo?! CERTO!!!!!

Preparem a fantasia que tem uma festa pra acontecer.