É... eu sou mãe...
As vezes parece que sou mãe há pouco tempo mas às vezes penso que sou mãe desde 1830! As crianças saem com cada uma que me fazem sentir muito mais velha do que pareço (e sou!).

Parecem ser filhos de pais diferentes feitos somente com a mesma forma, já que fisicamente são muito parecidos. Não herdaram o melhor de mim e o melhor do pai, não!!!! Não há neles uma mistura das coisas boas de nós dois. Cada um tem um pouco do pior (nem sei se essa é a palavra mais apropriada) de cada um de nós.
O Leo, por exemplo, é agitado, não consegue parar sem fazer nada, não consegue dormir um pouco durante o dia, fala muito rápido, quer discutir o tempo todo, tem razão em tudo. É a cópia de um de nós - não, eu não vou dizer de qual de nós dois porque posso causar uma certa confusão familiar. Mas é preocupado com o outro, tira dele pra dar pra qualquer pessoa, é bondoso, abre mão das suas coisas pra ajudar outra pessoa, é um excelente amigo. De onde vieram essas características? De mim é que não foi, e nem do pai. Em nós não há um coração tão bondoso quanto o dele.
A Ana, é parada, uma calma exagerada, uma preguiça pra fazer atividade física, adora ficar dormindo - não preciso nem dizer quem parece! hahaha. Por outro lado, é um docinho de menina, carinhosa, meiga, uma verdadeira artista. Fica horas desenhando, pintando, fazendo colagens, faz cartinhas, escreve bilhetinhos. Nem de longe tenho conhecimento desse lado nos genes paternos.
Enquanto um deles pode sair de casa e ir pra qualquer lugar e eu posso ficar extremamente tranquila que não vou passar vergonha, o outro chega a me dar calafrios. Não porque vai se comportar mal no sentido de "mal criado" mas porque não tem filtro. Eu tenho um filho que não tem filtro. Um é polido (de verdade) e outro fala o que pensa sem pensar nas consequências.
Enquanto um eu preciso explicar, justificar, explanar detalhadamente o porquê das coisas, o outro eu falo uma única vez e já foi fazer, dá pra contar nos dedos as vezes que precisou levar um "castigo" mais severo.
Como é difícil conciliar personalidades tão distintas, como é difícil equilibrar esse jogo familiar.
E mãe, eterna mãe que carrega sempre a culpa por tudo (mesmo que o tudo ainda nem tenha acontecido e talvez nunca aconteça), fica pensando... como serão adultos? será que estou fazendo direito? será que estou fornecendo os instrumentos necessários para o crescimento deles? será que estou ajudando ou atrapalhando?
Não tenho respostas pra nada disso e nem sei se sou, ou devo ser, responsável também por tudo isso.
O fato é, eles estão crescendo e me assustando.
Como são as coisas aí? Conseguem identificar características suas nos seus filhos? Isso e bom ou ruim?
No próximo post vou contar as mais novas peripécias do quase pré adolescente.